Muitos dos malefícios do tabagismo são conhecidos e amplamente divulgados, principalmente aqueles que se relacionam ao sistema respiratório e cardiovascular.
Contudo, a saúde bucal também pode
ser prejudicada por conta desse hábito, influenciando ainda mais na saúde do
corpo.
Para se ter uma ideia do perigo
que esse pequeno item traz para a saúde, mais de 400 substâncias nocivas estão
presentes no cigarro, afetando a estrutura bucal e o organismo como um todo.
Além disso, o fumo pode acarretar
em mais de 50 doenças, aumentando de duas a três vezes o risco de patologias
surgirem em quem consome o cigarro regularmente - em comparação a uma pessoa
que não fuma.
No entanto, mesmo aqueles que não
são tabagistas mas estão próximos de quem tem o hábito de fumar podem sofrer
com malefícios advindos do cigarro.
Inclusive, estudos indicam que
fumantes passivos têm 25% a mais de risco de desenvolverem problemas
cardiorespiratórios.
Por esse motivo, um grande aliado
no combate aos problemas que podem surgir pelo fumo são os profissionais de
saúde, sejam eles de convenio dental
ou de outra área de atuação.
Riscos do cigarro
para a saúde e seus efeitos
Como mencionado anteriormente, o cigarro afeta diversos
órgãos e sistemas, sendo muito nocivo para o corpo - inclusive daqueles que
estão próximos ao fumante.
Dentre os primeiros sinais que
podem surgir sobre os efeitos do tabaco no corpo estão o mau hálito e o
amarelamento dos dentes.
Contudo, as substâncias presentes
no cigarro podem, ainda, diminuir a resistência do sistema imunológico,
demandando mais atenção aos sintomas e riscos que apresenta. Dentre eles estão:
●
Redução do fluxo salivar;
●
Boca seca;
●
Mudança de voz;
●
Alteração do PH na mucosa bucal;
●
Surgimento de feridas e dificuldade de cicatrização;
●
Aumento da fragilidade frente bactérias e vírus;
●
Baixa no sistema imunológico;
●
Amarelamento e manchas dentais;
●
Escurecimento dos tecidos dentais e gengivais;
●
Mau hálito;
●
Aumento do risco de inflamações gengivais;
●
Risco de periodontite e perda dental;
●
Diminuição no paladar e sensibilidade;
●
Aumento no risco do câncer de boca e em outros órgãos.
Além disso, o fumo ainda contribui
para o aumento da temperatura na cavidade oral, intensificando ainda mais a
propagação de bactérias e o acúmulo da placa que provoca a gengivite,
facilitando que organismos oportunistas ataquem o organismo.
Por se relacionar diretamente com
a estética e a saúde, recorrer a um apoio profissional com um plano
odontologico claro e objetivo, pode contribuir para o controle
das inflamações e redução das complicações.
Mas, apenas o apoio profissional
não é o suficiente: é preciso disciplina e recorrer ao suporte especializado para
que o vício também seja controlado.
Com a redução do consumo, aos
poucos já é possível sentir a resposta do organismo com relação aos elementos
nocivos, minimizando os riscos de complicações.
Afinal, assim como a doença
periodontal, os problemas bucais também se relacionam ao número e intensidade
de fumo. Cabe ressaltar ainda que no caso da periodontite, o fumo pode mascarar
os sintomas.
Aumento do risco de câncer
Basicamente, as substâncias
presentes no cigarro são capazes de alterar a composição das células nocivas e
daquelas já presentes no corpo, acelerando sua reprodução, o que pode acarretar
no aumento do risco de câncer.
Nesses casos, alguns sintomas
podem ser notados na cavidade oral, como:
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Feridas que não cicatrizam;
●
Inchaço na boca;
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Alteração e inchaço no pescoço;
●
Surgimento de nódulos;
●
Manchas na língua;
●
Placas vermelhas ou esbranquiçadas na cavidade oral.
As orientações de
cirurgiões-dentistas têm conquistado cada vez mais a credibilidade daqueles que
querem largar o vício.
Importância do
acompanhamento profissional
De modo a identificar lesões e
riscos de inflamações diversas, o acompanhamento profissional adequado é
imprescindível na manutenção da saúde oral, principalmente no atendimento aos
dependentes do tabaco.
Isso porque a nicotina, substância
presente nesses produtos, é a responsável por causar a dependência,
proporcionando a sensação de prazer.
No entanto, ela também é um dos
componentes responsável pelos malefícios e efeitos nocivos ao corpo humano -
como os problemas cardiovasculares, no sistema imune, pulmão e boca.
Desse modo, o profissional se
torna uma das redes de suporte e identificação responsáveis por controlar e/ou
minimizar os danos do tabagismo e auxiliar no abandono do vício.
No caso de um convenio dentario, ainda é
possível realizar um acompanhamento mais regular, auxiliando na identificação
dos problemas e sinais de complicação.
Com isso, é possível propor
tratamentos mais específicos e passar as orientações referentes aos cuidados
bucais.
Em alguns casos, ainda pode ser
necessário realizar um atendimento multiprofissional, visando propor medidas
para abandono do vício e evitar que complicações ocorram no quadro.
Para isso, é essencial que haja
uma relação de confiança entre paciente e médico, bem como uma infraestrutura
adequada para o atendimento, visando minimizar os receios e dúvidas que possam
existir.
A assiduidade das consultas também
é crucial para a realização dos tratamentos odontológicos sem que haja riscos
para a saúde do paciente.
Higienização e
tratamentos
Para a redução das inflamações e
placas que se desenvolvem mais facilmente na boca devido ao baixo fluxo
salivar, alguns procedimentos podem ser realizados.
Dentre eles é possível destacar os
tratamentos periodontais, como raspagens e restauradores. Já as manchas podem
ser minimizadas por meio do clareamento dental ou da colocação de lentes
dentais.
Contudo, em quaisquer tratamentos
a higienização correta e o abandono do hábito de fumar se tornam ainda mais
determinantes para a qualidade de vida e funcionalidade dos procedimentos - que
terão resultados mais duradouros.
Por esse motivo, mais do que
tratar é preciso prevenir e buscar orientações sobre quais os riscos para a
saúde e formas de abandonar o vício.
Neste cenário o dentista age como
um dos principais agentes de mudança nas campanhas antitabagistas e no estímulo
à redução do tabaco, demonstrando os efeitos negativos que o vício pode trazer
para a boca e para o corpo, inclusive esteticamente.
Por fim, cabe ainda destacar que,
como a imunidade também é prejudicada, o combate aos vírus e bactérias também
pode ser impactada (como mencionado), afetando a cicatrização de feridas e a
adesão de procedimentos.
Por esse motivo o acompanhamento
em um convenio
odontologico ou mesmo em consultas particulares se mostra ainda
mais importante. Afinal, o tabagismo pode ser um ofensor na adaptação do corpo
aos tratamentos mais complexos como o implante dentário.
Pode-se concluir, assim, que o
diagnóstico precoce de lesões bucais, propiciada pelas visitas frequentes ao
dentista, aliados aos hábitos para abandono do vício e higienização diária são
imprescindíveis para a cura e melhora na qualidade de vida e saúde dos
tabagistas.
Lembre-se, ainda, que buscar uma
rede de apoio é crucial na batalha para abandonar um vício, e quanto maior o
suporte mais “fácil” poderá ser esse processo, trazendo melhora da autoestima e
relações pessoais - enquanto previne complicações da saúde.
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